2 de janeiro de 2020
A proibição da caça das baleias teve início na década de 1960, quando os cientistas perceberam que as populações estavam em declínio. Foi na década de 1980 que a Comissão Internacional da Baleia emitiu uma alerta de repressão a caça, oferecendo mais salvaguardas a elas.
A partir desse momento a proibição da caça a baleia em várias partes do mundo deu certo e, uma nova pesquisa mostra que a população de baleias jubarte – que estavam em extinção – saltou de 450 para 25 mil no Atlântico Sul nas últimas décadas.
O levantamento internacional foi feito em co-autoria por Grant Adams, John Best e André Punt, da Escola de Ciências Aquáticas e da Pesca da Universidade de Washington, nos EUA.
No litoral do Brasil, mais precisamente, elas saltaram de 400 para 17 mil em 60 anos, de acordo com o Senso 2019 do Projeto Baleia Jubarte, uma ONG que existe desde 1988 e sobrevoa o Oceano Atlântico para fazer a contagem dos mamíferos.
O autor principal do estudo Alex Zerbini, do Instituto Conjunto para o Estudo da Atmosfera e do Oceano da Universidade de Washington, conta que essas descobertas são uma notícia boa, um exemplo de como uma espécie em extinção pode voltar da quase extinção.
O estudo também analisa como o renascimento das jubarte do Atlântico Sul pode ter impactos no ecossistema. As baleias competem com outros predadores, como pinguins e focas, pelo krill – uma espécie de camarão – sua principal fonte de alimento.