Após aprovação do uso emergencial das vacinas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o Brasil deu a largada à sua campanha de vacinação contra a COVID-19. Biólogos e Biólogas que façam parte da categoria trabalhadores da saúde estão na primeira fase de prioridade para receber o imunizante contra o coronavírus.
De acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a COVID-19, lançado pelo Ministério da Saúde em dezembro de 2020 e atualizado na terça-feira (19/01), são considerados trabalhadores dos serviços de saúde profissionais que atuam em espaços e estabelecimentos de assistência e vigilância à saúde, como hospitais, clínicas, ambulatórios e laboratórios.
Nesta primeira fase da campanha de imunização, com prioridade máxima, serão vacinados somente trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência institucionalizadas, idosos institucionalizados e indígenas aldeados. O Ministério da Saúde definiu outros grupos prioritários, como profissionais da educação e da segurança pública, mas ainda não há detalhes ou cronograma definidos sobre quando esses públicos serão imunizados.
A fim de divulgar informações e sanar dúvidas de profissionais da Biologia, o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Biologia (Sistema CFBio/CRBios) listaram uma série de perguntas e respostas sobre o processo de vacinação com base no plano de imunização do Ministério da Saúde. É importante lembrar que os governos estaduais possuem autonomia para implementar seus próprios cronogramas de vacinação.
Confira, a seguir, perguntas e respostas frequentes:
1 – Sou Biólogo (a) e atuo na área da saúde. Estou no grupo prioritário, que receberá a vacina já no primeiro momento da campanha?
Sim, desde que atue na linha de frente do combate à COVID-19 ou que, com sua atividade profissional, sofra risco de exposição aos doentes ou a amostras contaminadas. De acordo com o Plano Nacional do Ministério da Saúde, os trabalhadores dos serviços de saúde estão no primeiro grupo a ser vacinado contra a COVID-19. Vale lembrar que, de acordo com o documento, são considerados trabalhadores da saúde todos aqueles que atuam em espaços e estabelecimentos de assistência e vigilância à saúde, sejam eles hospitais, clínicas, ambulatórios, laboratórios, entre outros locais.
2 – Preciso levar documento comprovando que trabalho na área da saúde para receber a vacina?
Sim. Será solicitado documento que comprove a vinculação ativa do trabalhador com o serviço de saúde ou apresentação de declaração emitida pelo serviço de saúde.
3 – Como se dará a ordem de priorização da vacinação entre trabalhadores da saúde?
Diante da estimativa populacional dos trabalhadores da saúde, o Ministério da Saúde recomenda a seguinte ordem de priorização para vacinação, que deverá acontecer de forma gradativa: 1) Equipes de vacinação que estiverem inicialmente envolvidas na imunização dos grupos elencados para as seis milhões de doses; 2) Trabalhadores das Instituições de Longa Permanência de Idosos e de Residências Inclusivas (Serviço de Acolhimento Institucional em Residência Inclusiva para jovens e adultos com deficiência); 3) Trabalhadores dos serviços de saúde públicos e privados, tanto da urgência quanto da atenção básica, envolvidos diretamente na atenção/referência para os casos suspeitos e confirmados de COVID-19; 4) Demais trabalhadores de saúde.
4 – Sou Biólogo (a), mas não atuo na área da saúde. Estou no grupo prioritário para vacinação?
Não. O Ministério da Saúde entendeu que o grupo prioritário para vacinação deve ser composto apenas por trabalhadores que estão na linha de frente, atuando realmente na área da saúde, devido à exposição e à necessidade de preservação desses profissionais, que podem fazer falta no combate à doença caso se contaminem. Por essa mesma razão, tendo em vista que muitos dos profissionais da Biologia não atuam na saúde, Biólogos (as) não foram obrigados (as) a realizar o curso de Capacitação para o Combate ao Coronavírus, lançado em abril de 2020 pelo Ministério da Saúde.
5 – Fiz o curso do Ministério da Saúde para trabalhar no combate da COVID-19, mas não fui chamado (a) para atuar na linha de frente. Estou no grupo prioritário para vacinação?
Não, uma vez que não possui contato diário, direto ou indireto com pessoas ou amostras infectadas e não está sob constante risco de contaminação em ambiente de trabalho na área da saúde.
6 – Sou Biólogo (a) e atuo na área da Educação. Terei prioridade para receber a vacina?
Sim, porém não no primeiro momento da campanha. Segundo o plano de imunização do Ministério da Saúde, trabalhadores da educação estão entre os grupos prioritários e deverão ser imunizados em uma das primeiras fases da campanha nacional, mas ainda não há detalhes ou cronograma definidos sobre quando esse público será vacinado. Acompanhe o calendário de vacinação do Ministério da Saúde e do seu Estado para obter mais informações sobre os cronogramas e as datas para vacinação.
7 – Sou Biólogo (a) e atuo na área de Segurança Pública. Terei prioridade para receber a vacina?
Sim, porém não no primeiro momento da campanha. Segundo o plano de imunização do Ministério da Saúde, membros das forças de segurança e salvamento estão entre os grupos prioritários e deverão ser imunizados em uma das primeiras fases da campanha nacional, mas ainda não há detalhes ou cronograma definidos sobre quando esse público será vacinado. Acompanhe o calendário de vacinação do Ministério da Saúde e do seu Estado para obter mais informações sobre os cronogramas e as datas para vacinação.
8 – Sou Biólogo autônomo, também terei prioridade?
Para se enquadrar na categoria priorizada do Plano Nacional do Ministério da Saúde, o Biólogo autônomo deverá apresentar algum documento que comprove que, mesmo de forma autônoma, exerce alguma atividade nas áreas da Saúde, Educação ou Segurança Pública, como, por exemplo, um contrato de prestação de serviços.
9 – Os estados poderão possuir planos de imunização diferentes?
Alguns estados já contam com planos de imunização próprios, que podem ter diferenças em relação ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação do Ministério da Saúde. Consulte a Secretaria de Saúde do seu estado e verifique os planos locais.
10 – Que profissões estão incluídas no rol de trabalhadores de serviços da saúde?
São considerados trabalhadores da saúde tanto os profissionais da área – como médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, biólogos, biomédicos, farmacêuticos, odontologistas, fonoaudiólogos, psicólogos, serviços sociais, profissionais de educação física, médicos veterinários e seus respectivos técnicos e auxiliares – quanto os trabalhadores de apoio, como recepcionistas, seguranças, pessoal da limpeza, cozinheiros e auxiliares, motoristas de ambulâncias e outros, ou seja, aqueles que trabalham nos serviços de saúde, mas que não estão prestando serviços direto de assistência à saúde das pessoas. Inclui-se, ainda, aqueles profissionais que atuam em cuidados domiciliares como os cuidadores de idosos e doulas/parteiras, bem como funcionários do sistema funerário que tenham contato com cadáveres potencialmente contaminados. A vacina também será ofertada para acadêmicos em saúde e estudantes da área técnica em saúde em estágio hospitalar, atenção básica, clínica e laboratorial.
11- Que outros grupos serão priorizados nesta primeira etapa da campanha?
Segundo o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação, do Ministério da Saúde, além de trabalhadores da área da saúde, estão entre grupos prioritários para vacinação nesta primeira etapa: pessoas idosas residentes em instituições de longa permanência como asilos, casas de repouso e similares (institucionalizadas); pessoas a partir de 18 anos de idade com deficiência, residentes em Residências Inclusivas (institucionalizadas); e a população indígena vivendo em terras indígenas.
Acesse os Planos Estaduais de Vacinação contra a COVID-19 do Rio Grande do Sul e Santa Catarina:
Plano de Vacinação de Santa Catarina
Plano de Vacinação do Rio Grande do Sul
Atenção: fique atento, pois podem ocorrer atualizações dos planos federais e estaduais, de acordo com o andamento da vacinação, resposta da população e número de vacinas disponíveis.