Bióloga e ativista feminista Bertha Lutz foi importante personagem da ciência e da política brasileira

07 de Maio de 2020

Bertha Maria Júlia Lutz foi uma Bióloga formada em Ciências Naturais pela Universidade de Sorbonne, em Paris. Nasceu no dia 2 de agosto de 1894 em São Paulo e faleceu no dia 16 de setembro de 1976 aos 82 anos. Se especializou em anfíbios anuros, subclasse que inclui os sapos, as rãs e as pererecas.

Bertha foi uma grande ativista feminista do Brasil. Em 1919 se tornou a segunda mulher a ingressar no serviço público brasileiro, após ser aprovada em concurso do Museu Nacional, no Rio de Janeiro.

Sua trajetória é marcada pela luta em busca de igualdade de direitos jurídicos entre os sexos. Representou as brasileiras na assembleia-geral da Liga das Mulheres Eleitoras, nos Estados Unidos, em 1922, onde foi eleita vice-presidente da Sociedade Pan-Americana. No mesmo ano criou a Federação Brasileira para o Progresso Feminino para encaminhar a luta pela extensão de direito de voto às mulheres. O direito de voto feminino é estabelecido por decreto-lei do presidente Getúlio Vargas apenas dez anos depois, em 1932.

Foi deputada Federal em 1936. Durante seu mandato defendeu a mudança da legislação referente ao trabalho da mulher e dos menores de idade, propondo a igualdade salarial, a licença de três meses para a gestante e a redução da jornada de trabalho, então de 13 horas.

Em 1945, foi uma das quatro mulheres, de 850 pessoas, a participar da redação da Carta das Nações Unidas. Onde assegurou que menções à igualdade de gênero fossem incluídas no documento.

A Bióloga também é responsável pela descoberta da espécie de sapos, o Paratelmatobius lutzii, conhecido como "Lutz’s rapids frog". Mesmo com a política o seu ativismo, nunca deixou de lado a pesquisa.

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