Passado pouco mais de um mês da implantação e lançamento do sistema de baixa de ARTs on-line em 19 de julho de 2021, o CRBio percebe o sucesso da implantação.

De acordo com a Coordenadora do Departamento de Fiscalização, Bióloga Magda Arioli, já foram baixadas cerca de 6290 (seis mil duzentos e noventa) ARTs até o dia 19/08/2021, além de 100 (cem) que estão em questionamentos com os Biólogos envolvidos.

Serão analisadas a partir de hoje e de maneira especial por características peculiares, cerca de 12 ARTs através de uma comissão especial.

Demanda antiga dos profissionais registrados no CRBio-03 e iniciados os trabalhos em 2016, o mecanismo de baixa foi todo orientado pelos funcionários do Departamento de Fiscalização. A solicitação da implantação ocorreu em 2020 e após os ajustes necessários, o sistema se encontra em plena operação.

As análises das ARTs se dá através do Departamento de Fiscalização, contando com equipe capacitada, tanto na Sede em Porto Alegre quanto na Delegacia de Santa Catarina.

 

 

 

 

O Conselho Federal de Biologia e os Conselhos Regionais (Sistema CFBio/CRBios) vão realizar, pelo segundo ano consecutivo, a Conferência Nacional de Biologia (ConfeBio). A 2ª ConfeBio, que acontecerá nos dias 1 a 3 de setembro, será um evento online, gratuito, que visa a estabelecer um espaço de compartilhamento e debate de temáticas relevantes para a atuação na área das Ciências Biológicas.

A Conferência terá como tema Profissão Biólogo: desafios, conquistas e oportunidades, com mesas-redondas que abordarão a atuação profissional nas áreas de Meio Ambiente e Biodiversidade, Saúde, Educação e Biotecnologia e Produção. Além das mesas, será realizada uma cerimônia de abertura com a participação dos presidentes do Sistema CFBio/CRBios, e, para o dia 3 de setembro, está programada uma palestra especial de encerramento. 

A 2ª ConfeBio será transmitida pelo canal do YouTube do CFBio, com emissão de certificados para ouvintes. As inscrições podem ser realizadas pelo hotsite cfbio.gov.br/confebio, onde também está disponível a programação completa do evento.

 

Serviço:

 2ª Conferência Nacional de Biologia - ConfeBio

Data: 1 a 3 de setembro de 2021

Horário: 17h às 21h

Transmissão: Canal do YouTube do CFBio

Mais informações: cfbio.gov.br/confebio/

 

 

Enviado a todos os deputados e senadores, documento também está sendo encaminhado ao Ministério Público Federal e a órgãos do Executivo

 

O Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Biologia (Sistema CFBio/CRBios) enviaram a todos os deputados federais e senadores o “Manifesto do Sistema CFBio/CRBios sobre Incêndios e a Desregulamentação das Políticas Ambientais no Brasil”. O documento também está sendo encaminhado a autoridades do Ministério Público Federal e do Poder Executivo, incluindo ministérios, órgãos ambientais, prefeituras e secretarias.

O manifesto foi elaborado pelo “Grupo de Trabalho – Incêndios e a Desregulamentação das Políticas Ambientais no Brasil", formado pelo Conselho Federal de Biologia e composto por três Biólogos: Angélica Beatriz Corrêa Gonçalves, Maria Saleti Ferraz Dias Ferreira e Yuri Marinho Valença.

Além de expor dados sobre a ocorrência de incêndios e queimadas nos biomas brasileiros e analisar medidas adotadas na desregulamentação das políticas ambientais no Brasil, o documento apresenta uma série de recomendações às instâncias municipais, estaduais e federal para prevenir e combater o fogo e para a proteção das nascentes, das matas ciliares, dos rios e outros corpos de água, além de medidas de proteção da biodiversidade.

Clique aqui e acesse a íntegra do documento.

Grupo voluntário Monitora Chapada, organizado pelo biólogo Leonardo Fraga e colegas da UnB, atua há cinco anos na região

Registro de espécie atropelada na Chapada dos Veadeiros / crédito: @guiacerratense

A cada segundo, 15 animais silvestres morrem atropelados no Brasil, segundo estimativas do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE), da Universidade Federal de Lavras-MG. Anualmente, são vitimados nas rodovias do país 430 milhões de pequenos vertebrados, 43 milhões de animais de médio porte e dois milhões de vertebrados de grande porte, como onças, antas e lobos.

Esses números superlativos fazem dos atropelamentos o principal causador de morte de fauna no país, superando outros graves problemas, como caça ilegal, tráfico de animais e incêndios florestais. No Cerrado brasileiro, a ampliação da malha rodoviária e a redução/fragmentação dos habitats naturais ocorrem de maneira acelerada desde o final da década de 1980, gerando impactos consideráveis para a fauna silvestre.

A questão, contudo, não se restringe ao Brasil. Pelo menos desde a década de 1970, pesquisadores de todo o mundo se dedicam à análise dos impactos da malha viária sobre a vida selvagem. E foi da consolidação desses estudos que em 1998 surgiu o termo Ecologia de Estradas, cunhado pelo ecólogo Richard T. Turner Forman.

Foi o interesse por essa área de conhecimento que levou o biólogo Leonardo Pereira Fraga (093877/04-D) a uma especialização no Centro de Estudos do Cerrado da Chapada dos Veadeiros da Universidade de Brasília (UnB), em 2017. O ano coincidiu com o da assinatura de um decreto presidencial que ampliou a área do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, de 65 mil para 240 mil hectares contínuos, uma notícia positiva mas que reforçou a necessidade de implementação de medidas protetivas das espécies que habitam a área do Parna, algumas delas ameaçadas, como lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus) e tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla).

O objetivo de Leonardo foi exatamente avaliar aspectos ecológicos e espaciais relacionados com a fauna silvestre atropelada e propor soluções visando minimizar o problema. Os estudos do biólogo se concentraram em um trecho da rodovia BR-010 (que, no estado de Goiás, se sobrepõe à rodovia estadual GO-118), que corta a Área de Proteção Ambiental Pouso Alto, unidade de conservação que está inserida na área da Chapada dos Veadeiros.

De maio de 2017 a abril de 2018, Leonardo realizou um monitoramento mensal de um trecho de 34 quilômetros da BR-010, registrando 172 animais atropelados – 76 aves, 40 anfíbios, 38 mamíferos e 18 répteis –, entre eles 17 cachorros-do-campo (Cerdocyon thous) e um lobo-guará (Chrysocyon brachyurus).

Biólogo Leonardo Fraga em trabalho com a equipe da UnB Cerrado / crédito: Reprodução/YouTube/Labnatu

Além da publicação do trabalho, os resultados da pesquisa e do envolvimento do biólogo com o tema geraram outros frutos. Leonardo atuou, junto com outros colegas, na criação de um grupo de monitoramento coletivo de atropelamento de fauna, o Monitora Chapada, que conta com professores, alunos e servidores da UnB e da UnB Cerrado, além de moradores de Alto Paraíso de Goiás, um dos principais municípios na região do parque. Há cinco anos o grupo atua de forma voluntária fazendo e coletando registros de atropelamentos nas estradas que cortam e margeiam o Parna, buscando a identificação – no menor nível taxonômico possível – dos indivíduos atropelados e promovendo campanhas educativas de conscientização.

“O projeto contribui para a visibilidade da problemática da fauna silvestre atropelada, um ‘mecanismo’ silencioso que pode contribuir para a extinção local de espécies. Os dados do projeto também podem auxiliar na elaboração de estratégias mais assertivas para a conservação da fauna”, explica Leonardo.

 

Amigos das Florestas

Em 2019, o trabalho do Monitora Chapada ganhou o apoio da ONG Associação dos Amigos das Florestas (AAF). Naquele ano, as entidades se uniram para promover a campanha "Eu desacelero na Chapada". “Foi a primeira campanha de esclarecimento voltada à comunidade de Alto Paraíso de Goiás quanto à problemática dos atropelamentos da fauna silvestre”, relata o biólogo.

Adesivo da campanha “Eu desacelero na Chapada” / crédito: @eudesaceleronachapada

Desde então, a AAF vem realizando blitz educativas periódicas, distribuição de adesivos para turistas e moradores e diversas outras ações relacionadas ao tema. Segundo Leonardo, contudo, “o maior desafio do projeto ainda é conseguir o apoio do poder público para a implementação de infraestruturas voltadas à proteção da fauna silvestre e dos motoristas nas rodovias”.

Por isso, foi motivo de celebração uma decisão da Justiça Federal, publicada no início deste ano, que determinou à Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) a adoção de diversas medidas de proteção à fauna ao longo das rodovias GO-239 e GO-118, que atravessam a Chapada dos Veadeiros. A conquista foi fruto de uma ação civil pública proposta pela AAF, que desde 2016 pleiteava, amigavelmente, o cumprimento das condicionantes previstas há 14 anos nas Licenças de Instalação das rodovias.

A decisão da justiça prevê a instalação de placas de sinalização com limite de velocidade nos corredores de fauna, a instalação de lombadas em pontos da rodovia indicados pelo Estudo de Impacto Ambiental, a construção de passagens para animais e a apresentação de relatório com as medidas implantadas e do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas.

As ações mais simples devem ser concluídas ainda neste ano. Para a construção de 15 passagens aéreas e subterrâneas, a Goinfra estima o prazo de ano e, para a recuperação de áreas degradadas durante a construção da rodovia, três anos.

“A implementação dessa infraestrutura contribuirá para a diminuição dos atropelamentos. No entanto, é essencial que a medida venha acompanhada de ações de esclarecimentos e de educação ambiental para turistas e moradores”, salienta Leonardo. 

 

Mais informações

Quem quiser saber mais sobre o projeto Monitora Chapada ou mesmo se voluntariar, pode entrar em contato pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Há, também, o perfil no Instagram da campanha “Eu desacelero na Chapada”.

Além disso, em 2017 os estudantes do curso de Sociobiodiversidade e Sustentabilidade no Cerrado da UnB (incluindo o biólogo Leonardo Fraga) produziram um minidocumentário chamado “Caminhos e Descaminhos”, falando sobre os habitantes, as estradas e a vida silvestre na Chapada dos Veadeiros. O vídeo está disponível no YouTube e pode ser conferido aqui.

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Reportagem do CRBio-04, regional com jurisdição nos estados de Minas Gerais, Goiás, Tocantins e no Distrito Federal

 

O CRBio-03 foi alertado por Biólogos de que a Prefeitura Municipal de Candelária (RS), através do Edital de CONCURSO PÚBLICO Nº 02/2021, exigia apenas a formação em bacharelado para o cargo de Biólogo, impedindo assim que os profissionais com formação em licenciatura se inscrevessem e assumissem as vagas caso fossem convocados.

O Departamento de Fiscalização, Departamento Jurídico e Diretoria do CRBio-03 analisaram e verificaram a ilegalidade do certame, oficiando o concurso para a necessidade de sua retificação, que ocorreu dia 16 de julho de 2021.

Para a Dra. Clarice Luz, Presidente do CRBio-03, a questão sobre a diferença entre bacharelado e licenciatura não deveria ser mais uma questão, visto a temporalidade da regulamentação da profissão.

“Já são mais de 42 anos de regulamentação e todo ano ainda temos casos de concursos, dúvidas de profissionais que questionam se podem se registrar e profissionais que saem das graduações sem nem sequer ter estudado o código de ética e legislação profissional do Biólogo na graduação. Isso reflete em concursos assim, onde algumas pessoas acham que licenciados só estão habilitados na área do ensino  fundamental, médio e técnico”, explica a Dra. Clarice Luz.

A Coordenadora da Comissão de Educação (CE) do CRBio-03 e Vice-presidente, Dra. Inga Ludmila Veitenheimer Mendes, concorda e acrescenta que “os mitos começam na graduação e se perpetuam até depois dela, onde cursos de licenciatura realmente acham que não estão formando Biólogos. Isso nos leva à casos assim todo ano”, conta a coordenadora da CE, que é professora aposentada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

De acordo com o Coordenador da Comissão de Formação e Aperfeiçoamento (CFAP) do CRBio-03 Jairo Luis Cândido, o problema é reflexo das diretrizes nacionais dos cursos de biologia, já que “as nossas diretrizes curriculares (ciências biológicas) estão empurrando os licenciados para a periferia da atuação profissional do Biólogo nas áreas de Meio Ambiente, Saúde e Biotecnologia. Os cursos estão separados no Ministério da Educação (MEC), com objetivos distintos e em alguns locais se tem a notícia até da proibição do juramento do Biólogo para os licenciados, o que infringe a Lei Federal nº 6.684/1979. Precisamos rever as diretrizes que já são de 2002 e não tiveram nem mesmo Biólogos participando de sua elaboração”.

Para acessar os editais e a página da inscrição no concurso, CLIQUE AQUI.

A retificação pode ser obtida no link CLICANDO AQUI.

 

A Bióloga Mercedes Bustamante (CRBio 15.671/02-D) é uma profissional de referência no estudo do cerrado brasileiro e das mudanças ambientais globais. No final de abril deste ano, seu nome foi projetado mundialmente: ela foi eleita e nomeada para a Academia de Ciências dos Estados Unidos (US National Academy of Sciences – NAS), um reconhecimento às suas realizações em pesquisas originais e uma das maiores honrarias que uma cientista pode receber. Para ter uma noção do prestígio da entidade, entre os eleitos da história da Academia, 190 já foram ganhadores de prêmios Nobel.

Alguns meses antes, Mercedes já havia tido outro reconhecimento internacional às suas pesquisas: Ela foi elencada entre os 18 brasileiros mais citados em 2020 no portal Web of Science, que divulga os nomes dos pesquisadores mais mencionados em trabalhos científicos no mundo. Ela aparece citada em estudos de diversas áreas do conhecimento.

Doutora em Geobotânica pela Universität Trier, na Alemanha, e mestre em Fisiologia Vegetal, a Bióloga Mercedes é professora no Departamento de Ecologia da Universidade de Brasília desde 1994. Suas pesquisas abordam especialmente temas ligados a mudanças no uso da terra, biogeoquímica e mudanças ambientais globais. Nascida no Chile, mas com nacionalidade também brasileira, a pesquisadora integra o grupo da Academia Mundial de Ciências (TWAS) desde 2018 e é membro da Academia Brasileira de Ciências desde 2014. “Seus trabalhos notáveis englobam contribuições para o estudo dos impactos da deposição de nitrogênio na diversidade vegetal e os impactos do desmatamento, queimadas, e seca na bacia do rio Amazonas”, aponta o site da Academia Brasileira de Ciências. Ela conversou com a Revista BioParaná sobre os recentes reconhecimentos públicos.

 

Dra. Mercedes, sua eleição para a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos é certamente uma inspiração para muitos pesquisadores no Brasil. Como avalia o significado desta nomeação?

A indicação foi uma surpresa para mim, mas é importante em um momento com tantas dificuldades para conduzir pesquisas no Brasil. Mostra que o conhecimento gerado no Brasil é reconhecido no exterior. O reconhecimento não é individual, é para um grande grupo de alunos e colegas com quem tive o privilégio de colaborar ao longo de 27 anos de atuação. Eu espero que, mesmo com as dificuldades atuais, esse reconhecimento estimule mais jovens pesquisadores em suas carreiras e reforce a necessidade de que o apoio à ciência no Brasil seja robusto e estável.

 

A nomeação veio pouco tempo depois de outro grande reconhecimento internacional: a notícia de estar entre os 18 brasileiros mais citados no Web of Science no ano passado. Acredita que essa busca global por seus artigos refletem um aumento do interesse sobre a Ecologia no Brasil?

Sim. Os artigos abordam temas associados às chamadas mudanças ambientais globais – que incluem a mudança climática e também questões como mudanças no ciclo do nitrogênio, mudanças no uso do solo e no regime de fogo. É possível sim, que esse volume de citações seja reflexo da preocupação global com nosso meio ambiente. O Brasil é foco de atenção global na área de meio ambiente por ser um país megadiverso com estoques significativos de carbono e biomas cujo funcionamento afetam o clima em escala regional e global. Apesar disso, a degradação de nossos sistemas naturais tem se acentuado em contraposição às preocupações globais.

 

Sobre esta degradação ambiental cada vez maior no Brasil: acredita que existem caminhos possíveis a serem tomados para a preservação de nossos Biomas?

O Brasil já mostrou em um passado recente que é possível reduzir o desmatamento com uma boa articulação de políticas públicas, dos entes federativos e do setor privado. A perda de nossos biomas afeta, em primeira instância, a própria população brasileira. É preciso retomar as políticas de controle das atividades ilegais que resultam em degradação ambiental e apoiar as atividades sustentáveis. Mas, para isso, precisamos de lideranças responsáveis e que se apoiem na melhor ciência disponível.

 

Como foi conduzindo seus estudos e sua trajetória profissional na Biologia para ser especialista na temática das mudanças ambientais globais?

Cursei ciências biológicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, concluída em 1984, e desde a graduação me interessei em estudar as respostas dos organismos e ecossistemas às alterações de seu ambiente. Fiz meu mestrado em Fisiologia Vegetal (Ciências Agrárias) pela Universidade Federal de Viçosa (1988). Comecei a estudar mais a mudança do clima quando fiz meu doutorado na Alemanha, no início da década de 1990. Depois, esse tema começou a ganhar mais atenção, sobretudo devido à necessidade de entendermos o impacto da mudança do clima sobre os sistemas tropicais, que possuem uma grande diversidade de organismos. O clima é um dos fatores mais determinantes do funcionamento dos ecossistemas, em particular da sua biogeoquímica. Como já trabalhava com ciclagem de nutrientes, isso me encaminhou para incorporar as mudanças e em escala regional e global.

 

E como foi sua escolha pela Biologia?

Sempre foi uma de minhas disciplinas preferidas na escola e minha escolha ao fazer vestibular foi influenciada pelos professores que tive no ensino médio. Por isso sempre tento transmitir em minhas disciplinas como a Biologia pode ser fascinante.

 

Poderia comentar um pouco sobre o foco das suas pesquisas atuais dentro desta grande temática do uso do solo e as mudanças climáticas?

Nossos projetos têm foco no bioma Cerrado, estudando os impactos do fogo sobre a estrutura e diversidade da vegetação do Cerrado e também nas emissões de carbono. Buscamos entender como as mudanças no uso do solo, ou seja, quando você retira a cobertura de vegetação nativa, transforma aquela área para um outro uso, como agricultura, pastagem ou área urbana, o que isso impacta no funcionamento, na qualidade do ar, na qualidade da água na redução da biodiversidade e quais as consequências que estes processos têm. Adicionalmente, trabalhos com as conexões entre as seguranças alimentar, energética e hídrica no Cerrado e como elas são afetadas por alterações do uso da terra.


Por último, como vê a relevância dos Biólogos no Brasil em tempos atuais, especialmente dentro de sua área, a Ecologia?

Creio que todos os setores da economia e da sociedade deverão incorporar a questão ambiental em suas atividades. Fazer isso de forma eficiente e eficaz irá demandar profissionais bem formados para atender essas múltiplas demandas e os Biólogos terão um papel fundamental. Adicionalmente, precisaremos trabalhar na restauração de sistemas degradados e o conhecimento que temos dos ecossistemas de referência fornecerá uma base importante.

 

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Reportagem do CRBio-07, regional com jurisdição no Paraná

 

 

O Projeto de Lei do licenciamento ambiental (PL nº 3729/2004) foi aprovado pela Câmara dos Deputados em maio deste ano, sob regime de urgência, depois de quase 20 anos de sua apresentação, e com um texto bastante diferente do apresentado pelos seus autores. Ao longo de sua apreciação, o relator, deputado Neri Geller (PP/MT), acatou apenas cerca de 9 emendas das 101 apresentadas ao projeto, e conseguiu a aprovação de seu relatório com uma larga vantagem de 300 a 122 votos, a despeito das diversas tentativas de obstrução pela oposição.

Em 11 de junho, a proposta foi oficialmente protocolada no Senado Federal, onde recebeu a identificação Projeto de Lei nº 2159/2021, com designação da senadora Katia Abreu (MDB/TO) para relatora. Alguns pedidos de audiência pública já foram apresentados pelo presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, Jaques Wagner (PT/BA), e pelo vice-presidente da Casa, Veneziano Vital do Rêgo (MDP/PB).

Todas essas movimentações em torno da discussão da matéria não são por menos: sob a justificativa da desburocratização e incremento da competitividade dos negócios no Brasil, o projeto pode trazer severos impactos para o meio ambiente, para a saúde das pessoas e para as políticas públicas ligadas à sustentabilidade.

Os Conselhos Federal e Regionais de Biologia (Sistema CFBio/CRBios) enviaram ofício a todos os senadores, ainda no mês de maio, manifestando sua preocupação com a matéria, que flexibiliza e enfraquece as normas de licenciamento ambiental no Brasil.

Diante desse cenário, os Conselhos de Biologia conclamam Biólogos e Biólogas a se manifestarem contrários ao texto atual do PL nº 2159/2021. Para isso, acesse aqui a consulta pública aberta pelo Senado e vote informando que NÃO apoia essa proposição.

A fim de esclarecer os impactos do projeto ao meio ambiente e à sociedade, elencamos, a seguir, os principais pontos de discussão da matéria:

 

  1. Em linhas gerais, o que dispõe o projeto?

O projeto permite que sejam dispensados do licenciamento ambiental empreendimentos de saneamento básico, manutenção em estradas e portos, distribuição de energia elétrica, atividades agropecuárias – à exceção da pecuária intensiva de médio e grande porte –, obras de instalação de redes de água e esgoto, obras de baixo e médio risco ambiental, inclusive mineração, e obras consideradas de “porte insignificante” pelo órgão licenciador.

 

  1. O que é o licenciamento ambiental?

O licenciamento ambiental é um processo administrativo multidisciplinar realizado pelos órgãos ambientais competentes. Esses órgãos expedem licença para que os empreendimentos instalem, ampliem e operem atividades que utilizem recursos ambientais e que possam trazer riscos de poluição ou de degradação do meio ambiente. Assim, o licenciamento ambiental é o processo por meio do qual o Estado executa seu dever de conciliar o desenvolvimento econômico e a conservação do meio ambiente e dos recursos naturais, orientado por conduta técnica, responsável, ética e dentro dos limites legais.

 

  1. Que conhecimentos são necessários para realizar o licenciamento ambiental?

É necessário conhecer os componentes e as características biológicas dos biomas e dos ambientes que serão atingidos pelas atividades executadas por esses empreendimentos. As etapas que constituem esse processo devem visar à proteção do meio ambiente e subsidiar as ações fiscalizatórias e de recuperação ambiental, com objetivo de alcançar o interesse social, visto os impactos que essas atividades podem implicar para a sociedade envolvida.

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  1. Como o projeto pode afetar a atuação de Biólogos?

O licenciamento ambiental é um nicho de mercado significativo para Biólogos, especialmente para aqueles que atuam na área de Meio Ambiente e Biodiversidade. O parecer do Biólogo e de outros profissionais envolvidos no processo de liberação de empreendimentos com potencial de gerar impactos ambientais é extremamente relevante, pois esses profissionais realizam os estudos que projetam as circunstâncias e condições esperadas sobre o meio ambiente e a sociedade atingida.

 

  1. Atualmente, há muitas críticas sobre o tempo de espera para obter o licenciamento ambiental. Como resolver essa questão?

Isso porque já é sentido, junto aos diversos órgãos ambientais – sejam federais, estaduais, distritais ou municipais – um alto represamento de demandas de licenciamento, diante da atual insuficiência de funcionários responsáveis por esse processo e da complexidade de alguns empreendimentos, fatores de significativa influência para o agravamento desse quadro. A solução, no entanto, não está no desmantelamento completo dessas estruturas, mas sim no seu fortalecimento para garantir o desenvolvimento sustentável do País.

 

  1. Que impactos o projeto pode trazer para o meio ambiente?

São vários os impactos que o projeto pode gerar para o meio ambiente. O texto aprovado pela Câmara dos Deputados liberou, por exemplo, a atividade pecuária da exigência de licenciamento ambiental. Entretanto, sabe-se que essa atividade tem forte contribuição em fenômenos como o efeito estufa, devido ao desmatamento necessário para pastagens e à liberação de gases noviços para a atmosfera, como o metano. Considerando que o Brasil é o detentor do maior rebanho bovino do mundo, espera-se que mais empreendimentos desse setor se insurjam no país, com a facilidade trazida pelo projeto, o que pode trazer grandes riscos ao meio ambiente.

 

  1. Como funcionam a Licença Ambiental Única e a Licença Ambiental por Adesão e Compromisso?

Outra proposta trazida pelo projeto a fim de facilitar a liberação dos empreendimentos é a figura da Licença Ambiental Única (LAU), que permite a junção de licenças prévias com a de instalação, e a Licença Ambiental por Adesão e Compromisso (LAC), que será feita por meio de autodeclaração do empreendedor, sem análise prévia do órgão ambiental, submetido somente a requisitos pré-estabelecidos pela autoridade licenciadora. Essa flexibilização pode, ao contrário do que se espera, agravar a insegurança jurídica de empreendedores, visto que a responsabilidade em arcar com os riscos e danos recai de maneira mais pesada sobre eles.

 

  1. Então, o projeto pode aumentar a judicialização dos casos?

Inevitavelmente, com essa ampla liberação, as chances de judicialização dos casos que efetivamente imponham impactos ambientais crescerão preocupantemente. Outra questão detectada no projeto, que pode ensejar demandas judiciais, diz respeito à desnecessidade de certidão de uso, parcelamento e ocupação do solo urbano emitida pelos municípios para fins de licenciamento. Há, ainda, a questão da disputa federativa pela atração desses empreendimentos, visto que o projeto vincula a autonomia dos entes em definir as tipologias de empreendimentos sujeitos a procedimentos próprios para a aquisição da licença ambiental. Essa disputa pode provocar uma desarmonia fiscal sob a ânsia de atração de investimentos por meio dessas atividades.

 

  1. O que se esperar em termos de impactos sociais do projeto?

A flexibilização e liberação indiscriminada de licenciamento ambiental pode afetar sensivelmente as comunidades. O exemplo mais marcante, e que consta expressamente no projeto, é a exigência de estudo de impacto ambiental somente para atividades que se instalem em comunidades indígenas homologadas e em comunidades quilombolas já tituladas. Assim, aquelas comunidades em processo de homologação, ou titular ainda em análise, seriam severamente impactadas. Pela regra atual, independente de homologação ou titulação, as essas comunidades são consultadas para, em diálogo entre empreendedor e indígena ou quilombola, mediado pelo órgão ambiental, sejam dirimidos os impactos e traçadas compensações aos danos inevitáveis. 

 

  1. O projeto também dispensa análise de impacto em Unidades de Conservação?

Exatamente. O projeto dispensa a análise de impacto direto e indireto ao meio ambiente no caso das Unidades de Conservação, podendo gerar aumento dos conflitos com as comunidades adjacentes e da judicialização desses conflitos. É importante considerar, ainda, as implicações para a saúde da população. Como se sabe, a degradação do meio ambiente e o surgimento de epidemias e pandemias têm cada vez mais se aproximado, nas últimas décadas, como causa e efeito; sem contar as devastadoras sequelas sociais resultantes de desastres em empreendimentos mal avaliados previamente e/ou não fiscalizados, infelizmente ocorridos no País em anos recentes.

 

 

  1. Quais os pontos positivos trazidos pelo projeto?

O projeto traz alguns pontos positivos importantes, como a definição de atribuições e prazos de validade dos vários tipos de licença elencados, como a Licença Prévia, Licença de Operação e Licença de Instalação (3 a 6 anos), e a Licença Ambiental Única (5 a 10 anos). Outro ponto positivo é a correção de questão relativa à criminalização, na modalidade culposa, de funcionário público envolvido no processo de licenciamento, conforme prevê o parágrafo único do art. 67 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9605/1998). Essa responsabilização é exagerada, pois desconsidera o alto grau de complexidade dos estudos para a expedição das licenças

 

  1. Como o Sistema CFBio/CRBios se posiciona sobre o projeto?

Tendo em vista todos esses impactos e circunstâncias, o Sistema CFBio/CRBios entende que o projeto, na forma de sua redação atual, traz muito mais impactos negativos ao meio ambiente, à população e às próprias atividades econômicas do que mudanças positivas. Por isso, o Sistema está empenhando em levar essas informações aos senadores, para que tenham ciência das consequências do projeto e enderecem o progresso econômico e a preservação ambiental sob o paradigma da eficiência, mas também da conciliação entre essas duas necessidades nacionais.

 

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Matéria produzida pela Comunicação do Conselho Federal de Biologia

Em Rondônia, instituto focado em educação ambiental e conservação da fauna inova para superar as dificuldades decorrentes da pandemia do coronavírus.

 

Equipe do Herpeto em Rondônia realizando avistamento de transecto em ação de Educação Ambiental. Foto: Acervo do Herpeto em Rondônia

 

O que fariam jovens herpetologistas, prontos para iniciar o projeto dos sonhos, se fossem repentinamente acuados por uma pandemia? Descobrir a resposta desse questionamento se mostrou uma tarefa inevitável para o grupo de Biólogos e estudantes de Ciências Biológicas integrantes do Instituto Herpeto em Rondônia. Conscientes de sua missão e determinados a superar as dificuldades, perceberam que a solução seria se conectarem, não presencialmente, mas por todos os outros meios possíveis e com bastante intensidade.

Foi assim que o Instituto Herpeto em Rondônia de Educação Ambiental e Conservação da Fauna deu início às suas atividades, no dia 19 de maio de 2020, em plena pandemia do coronavírus.

O projeto do Instituto é anterior à pandemia e previa alguns pontos fundamentais, como: criar oportunidades de acesso ao conhecimento e à informação; divulgar pesquisas e projetos científicos, além de discutir aspectos culturais relacionados com a herpetofauna, sempre buscando a desmistificação desses aspectos.

Também já estava previsto no projeto o compartilhamento das ações do Instituto nas redes sociais e o estabelecimento de parcerias dentro e fora do meio virtual, mas as atividades on-line não ocupavam um protagonismo tão intenso. Na realidade, o que se esperava era uma visibilidade maior para as ações desenvolvidas presencialmente.  

As incertezas iniciais do novo cenário exigiram ainda mais empenho e coesão ao grupo. Quatro meses se passaram na preparação da primeira ação de caráter essencialmente virtual, em que a equipe do Herpeto em Rondônia pôde mostrar sua capacidade científica e organizacional.

 

Gestando o primeiro evento

Somente em 29 de setembro de 2020, após muitos contatos e a consolidação de algumas parcerias, o Herpeto em Rondônia estava pronto para estrear nas redes sociais e na internet. A opção foi um encontro virtual com profissionais da área da herpetologia denominado H.R. CONVIDA. O primeiro convidado foi o Biólogo Bruno Rocha, tendo como mediadora a Bióloga Msc. Juliana Badari, ambos do Instituto Butantan.

Esses encontros ocorreram quinzenalmente por um período de sete meses, com transmissão através da principal rede social do Herpeto (https://www.instagram.com/herpeto.em.rondonia). A última edição foi no dia 6 de abril de 2021.

 

Conectados sempre

A interrupção do H.R. CONVIDA abriu espaço para CICLO DE PALESTRAS, transmitidas através do canal do YouTube (https://www.youtube.com/herpetoemrondonia). A primeira edição do ciclo aconteceu em 17 de abril de 2021, com a palestra “Animais peçonhentos da região do Estado de Rondônia", apresentada pelo Biólogo Msc. Flávio Aparecido Terassini. Na sequência, o Msc. Alex Augusto Ferreira apresentou a palestra “Envenenamento por serpentes: terapias coadjuvantes à soroterapia convencional”.

Em paralelo, o Instituto mantém o projeto HERPETO AMIGO, que oportuniza, através das redes sociais, o compartilhamento de registros fotográficos de répteis e anfíbios com os quais o público tenha se deparado, seja em área doméstica, de lazer, no campo ou em condomínios. Os profissionais do Herpeto em Rondônia aproveitam para dar informações científicas, relatar curiosidades e, quando necessário, desmistificar algo relacionado ao animal da imagem enviada.

A mais recente iniciativa do Instituto foi o HERPETOPARTY – CONHECER PARA PRESERVAR, realizado nos dias 21 e 22 de maio de 2021 a fim de comemorar os desafios vencidos nesse primeiro ano de atividades do Instituto Herpeto em Rondônia. Vários profissionais da área da herpetofauna compartilharam conhecimento durante uma densa programação, que incluiu palestras, oficinas, mesa redonda e abertura cultural. Os eventos proporcionaram debates e interação entre os participantes, amantes da herpetofauna de várias partes do Brasil e da América Latina. As transmissões do HERPETO PARTY estão disponíveis no canal do Instituto.

 

Amor incondicional pela herpetofauna. Foto: Acervo Diego Meneghelli.

É impressionante lembrar que apenas um ano separa o Herpeto em Rondônia de sua primeira atividade, justo num ano de pandemia em que os obstáculos pareceram se multiplicar a cada dia. Essas dificuldades funcionaram como teste de resiliência para os jovens Biólogos que buscam difundir o conhecimento sobre a herpetofauna, preservar o meio ambiente e desmistificar os absurdos propagados sobre características e comportamentos de espécies, principalmente as peçonhentas.

Segundo o presidente do Herpeto em Rondônia, Douglas Amorim, o “objetivo é levar o conhecimento sobre a herpetofauna, conservação, importância cultural, científica, farmacológica e biológica para a sociedade. Sempre no caminho da compreensão de que os répteis e anfíbios são animais que merecem respeito e reconhecimento, compreendendo que há várias formas de levar, promover e desenvolver os saberes”.

 

Perspectivas futuras do Herpeto em Rondônia

O Instituto Herpeto em Rondônia tem como meta para o segundo semestre desse ano de 2021 ser reconhecido como Instituto de conservação e de sensibilização da sociedade, com foco na redução do impacto do ser humano sobre a herpetofauna. Assim, equipes de coordenadores estão desenvolvendo projetos a serem executados com recursos financeiros governamentais ou não governamentais, como é o caso de: Educação ambiental para conservação da biodiversidade em comunidades tradicionais da Reserva Extrativista do Rio Ouro Preto – RO; e Levantamento da conservação e monitoramento da herpetofauna na Floresta Nacional (FLONA) do Jamari – RO.

 

Diferencial virtual

Bióloga Kaynara Zaqueo resgatando espécimes. Foto: Acervo Kaynara Zaqueo.

Também está em estudo a realização de CURSOS, MINICURSOS E OFICINAS, com objetivo de capacitação de profissionais da área da herpetologia, bem como de acadêmicos de áreas afins, focando em conhecimentos sobre conservação, preservação e educação ambiental, com ênfase na herpetofauna.

Os projetos podem vir a ser realizados no formato presencial, mas buscando seguir de forma rígida os protocolos de segurança recomendados por órgãos responsáveis pela saúde.

“Acreditamos que conseguimos um efeito significativo, principalmente na desmistificação de espécies de répteis e anfíbios, sempre buscando respeitar os conhecimentos tradicionais, mas deixando o conhecimento científico aberto para acesso”, afirma Larissa Lobato, coordenadora de projetos do Instituto Herpeto em Rondônia.

 

Conhecendo os herpetologistas

Além de atividades científicas, cada um dos participantes possui funções administrativas bem definidas dentro do Instituto. Fotos: Acervo do Herpeto em Rondônia.

  • Douglas Nonato Amorim Estevão (1), Fundador e Presidente do Instituto Herpeto em Rondônia - Discente de Ciências Biológicas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia - Campus Ariquemes;
  • Leandro da Silva Navarro (2), Diretor Administrativo - Acadêmico concluinte de Licenciatura em Ciências Biológicas, pela Universidade Federal do Acre (UFAC), Campus Rio Branco;
  • Richard Campos Rangel (3), Coordenador de Marketing - Graduando em Ciências Biológicas pelo Centro Universitário Salesiano - Unisales de Vitória, no ES;
  • Amanda Sobrinho de Jesus (4), Diretora de Finanças - Acadêmica de Ciências Biológicas pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia;
  • Jenifer Kely Moreno Lima (5), Secretária - Técnica em Biotecnologia pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia – IFRO;
  • Lucas Pereira Camargo (6), Editor de Texto - Discente de Ciências Biológicas na Universidade Federal de Rondônia;
  • Larissa Gabriela da Silva Oliveira (7), Editora de Imagens - Técnica em Biotecnologia pelo Instituto Federal de Rondônia.
  • Larissa Lobato (8), Coordenadora de projetos - Graduanda em Ciências Biológicas. Fez iniciação científica no Laboratório de Neuro e Imunofarmacologia na Fiocruz/RO;
  • Kaynara Delaix Zaqueo (9), Filiada - Bióloga pelo Centro Universitário São Lucas. Doutora pelo Programa de Pós-Graduação da Rede Bionorte - Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal, vinculada a UFAM.

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Matéria produzida pela Comissão de Transparência do CRBio-06 – Conselho Regional de Biologia 6ª Região - AC | AM | AP | PA | RO | RR - Sistema CFBio/CRBios.

 

O CRBio-03 informa que a Delegacia de Santa Catarina estará fechada a partir do dia 23/06/2021 devido ao recrudescimento da pandemia da COVID-19 na área da Delegacia do CRBio-03 em Florianópolis/SC.

A situação se manterá até melhora da situação.

A Sede do CRBio-03 em Porto Alegre/RS continua com atendimento normalizado.

Prefeitura de São Sebastião do Caí aceitou as considerações do CRBio-03 e passou a aceitar empresas somente com o registro no CRBio

 

Foto: Prefeitura de São Sebastião do Caí

 

Uma Bióloga entrou em contato com o CRBio-03 para informar que o EDITAL DE TOMADA DE PREÇOS Nº 01/2021 da Prefeitura Municipal São Sebastião do Caí, estava exigindo das empresas participantes o registro no CREA (Engenharia e Agronomia), CRQ (Química) e CRBio (Biologia) para concorrer na licitação, além do CRA (Administração).

O objeto do trabalho se referia à contratação de empresa para prestação de serviços de assessoria, consultoria técnica e gestão ambiental, em conformidade com o memorial descritivo presente no edital.

O CRBio-03 entendeu a exigência como equivocada, encaminhando impugnação ao edital o qual exigia que a PJ (Pessoa Jurídica) estivesse inscrita concomitantemente no CRBio, CRQ, CREA e CRA para realizar a atividade de gestão ambiental. O edital foi retificado primeiramente excluindo a exigência de estar registrado no CRA. O CRBio-03 insistiu e impugnou o edital alegando desrespeito ao princípio da legalidade (LEI Nº 6.839, DE 30 DE OUTUBRO DE 1980) e, em razão do profissional Biólogo estar habilitado a realizar a atividade de gestão ambiental, conforme RESOLUÇÃO CFBio Nº 227, DE 18 DE AGOSTO DE 2010RESOLUÇÃO CFBio Nº 374, DE 12 DE JUNHO DE 2015. Dessa forma, não há respaldo para exigir o registro da Pessoa Jurídica em 4 ou 3 conselhos, sendo necessário estar inscrita em somente um, ou seja, a PJ inscrita somente no CRBio-03 já está habilitada para exercer a atividade do edital.

Os outros profissionais elencados no edital na equipe mínima devem estar registrados nos seus respectivos conselhos, mas a empresa com responsável técnico Biólogo deve estar inscrita no CRBio-03. A Prefeitura atendeu à impugnação do CRBio-03 para retificar novamente o edital para constar a exigência de registro da PJ no CREA ou CRBio ou CRQ.

Para verificar o edital retificado, CLIQUE AQUI.

Para acessar o site da licitação: CLIQUE AQUI.

 

Acompanhe sempre o site do CRBio-03 e caso verifique editais de licitações e concursos e entender que cabe atuação do Biólogo ou irregularidades, indique ao CRBio-03 para análise. Cada caso deve ser avaliado individualmente

 

 

A  ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO MÉDIO VALE DO ITAJAÍ – AMMVI incluiu os estudantes de Ciências Biológicas no PROCESSO DE RECRUTAMENTO DE ESTAGIÁRIOS – Edital Nº 001/2021.

 

O caso chegou até o CRBio-03 pelo Conselheiro e Biólogo Dr. Sergio Luiz Althoff, que encaminhou o edital para a Diretoria do CRBio-03. No mesmo dia, a Diretoria deliberou pelo envio de ofício solicitando a inclusão dos estudantes de Ciências Biológicas no certame.

Os estudantes de Ciências Biológicas agora podem concorrer às vagas no Departamento de Assessoria de Saneamento e Meio Ambiente, antes restritas aos cursos de gestão ambiental, saneamento ambiental, engenharia ambiental ou ambiental e sanitária, engenharia florestal e agronomia.

As inscrições irão ocorrer até o dia 23/06/2021 e podem ser realizadas CLICANDO AQUI.

Fique atento aos prazos e leia atentamente o edital.

Confira a retificação após solicitação do CRBio-03: http://concursos.furb.br/uploads/342/concursos/184/anexos/wllhuaUEQ1TyOCMJSQHE07k4U3271PS6golBoxn9.pdf